domingo, 29 de abril de 2012

Acidente Vascular Cerebral

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL


     A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o Acidente Vascular Cerebral ou derrame como "uma disfunção neurológica aguda de origem vascular... com sintomas e sinais correspondentes ao comprometimento de áreas focais do cérebro". O AVC resulta em distúrbios motores, disfunção perceptiva, distúrbios visuais, mudanças de personalidade e intelectuais, e distúrbios da linguagem.

SINAIS
- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo.
- Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo.
- Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos.
- Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar ou para compreender a linguagem.
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente.
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.


FATORES DE RISCO

Idade Avançada
Hipertensão Arterial Sistêmica (ver vídeo)
Obesidade e Sedentarismo
Diabetes
História Familiar de Distúrbio Vascular
Doença Cardíaca
AVC prévio
Tabagismo



      A incidência em adultos jovens está relacionada ao uso de contraceptivos orais; uso de drogas, principalmente vasoconstritoras como a cocaína; estresse e alterações na pressão arterial com concomitante malformação de artérias cerebrais.
     É esperado que a incidência de casos com AVC aumente, devido ao processo de envelhecimento populacional no Brasil e a maior exposição a fatores de risco.

TRATAMENTO TERAPÊUTICO OCUPACIONAL
     O tratamento deve ser o mais precoce possível (período de flacidez). A avaliação enfocará uma anamnese do histórico geral do paciente, avaliação física, cognitiva e do desempenho ocupacional. A função manual será examinada para cada atividade do dia a dia do paciente.
     O tratamento será iniciado com a restauração do controle do tronco, concomitantemente à reeducação motora do membro superior. Quando o paciente apresentar déficits no controle de tronco que interfiram no desempenho ocupacional ou aumentem o risco de lesões, são indicadas a utilização de estratégias compensatórias e as adaptações no ambiente, que posteriormente poderão ser retirados com a aquisição de habilidades treinadas em terapia.
     A reeducação motora pode ser fundamentada em várias técnicas, como descritas por Rood, Kabat, Bobath e Brummntrom, além das cognitivo comportamentais.
     Na presença de distúrbios sensoriais é indicada a estimulação da sensibilidade em sentido ascendente a partir da área preservada utilizando-se diferentes texturas. Os distúrbios podem ser compensados com a utilização de técnicas que incluem o uso de pistas visuais, táteis ou auditivas.
     O treino das atividades diárias como alimentação, higiene pessoal, banho, vestimenta e utilização do vaso sanitário; o treino das transferências, locomoção, comunicação e cognição social são trabalhadas pelo Terapeuta Ocupacional através do treino prático e o uso de adaptações que facilitem a independência do indivíduo.






ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL (FES)
     O FES é um aparelho que produz uma corrente elétrica que atinge o nervo e provoca contração muscular, quando o nervo periférico está intacto. Os benefícios que o FES pode provocar são: fortalecimento, diminuição da espasticidade (por inibição recíproca), relaxamento muscular, redução de edema e melhora na circulação sanguínea local.
     Pacientes que perderam a movimentação de um lado do corpo em decorrência do AVC, poderão se beneficiar da estimulação elétrica. A presença de espasticidade, a imobilidade e a desmotivação são fatores que dificultam o processo de reabilitação destes pacientes. Mesmo sem movimentação voluntária, por exemplo dos dedos e do punho, o FES provoca contração muscular que inibe a espasticidade, alonga o músculo encurtado, fortalece os músculos estimulado, e em alguns casos, provoca o retorno da movimentação ativa dos mesmos. Quanto mais cedo o tratamento, melhores são os resultados. Utilizamos um protocolo diferente que permite maior tempo de estimulação sem fadigar, maiores resultados e sem causar dor.
     Nosso consultório de reabilitação tem o diferencial de trabalhar com este e outros materiais e equipamentos que acelera a recuperação do indivíduo. 
    




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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rede Sarah: http://www.sarah.br/
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SPRINGER, Sally P. Cérebro esquerdo, cérebro direito. São Paulo: Summus. 1998.

CAVALCANTI, Alessandra; GALVÃO, Cláudia. Terapia Ocupacional: fundamentação & prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
PEDRETI, L.W.; EARLY, M.B. Terapia Ocupacional: capacidades práticas para as disfunções físicas. 5 ed. São Paulo, Editora Roca, 2005.